Ela.

Ela já sabia. Sabia sim. Sabia tudo o que queria, o que queria encontrar. Mas sua busca incessante parecia nunca se findar, parecia a vida eterna, acima de tudo e de todos. Era algo mais, maior, grande, distante. Parecia algo que niguém almejava, diziam ser felizes. Sorrisos falsos, algo tão sarcástico, cético que lhe fazia rir, delirar e perceber que nada e ninguém é do jeito que ela quer, que ela busca, que ela vê. Algo e alguém além. O subentendido, a psicose, a embriaguez, o doce desejo da verdadeira felicidade. Será que era isso que ela procurava? Não. Nem ela mesma saberia definir. Apenas dizia ser algo que está além das montanhas, algo que se pode sentir quando se toca o Sol. Mas como se toca o Sol? Perguntariam-na. Isso mesmo. Sentimento que nunca sentiu, o doce desejo amargo de algo descoberto. Só dizia: o novo me atrai.


                                                                               Maria Oliveira Nascimento.

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